quinta-feira, junho 29, 2006

vacasloucas_CowParadeLisboa_3/4






CalçadaPortuguesa_PaulaSantos&Equipa
(Ana(s), Bruno, Cláudia, Emília, Laca, Marco, Mestre António, Pedro, Ruben, Sofia, Vasco, Victor, faltam nomes...)
(fotografias digitais)

vacasloucas_CowParadeLisboa_2/4








CalçadaPortuguesa_PaulaSantos&Equipa
(Ana(s), Bruno, Cláudia, Emília, Laca, Marco, Mestre António, Pedro, Ruben, Sofia, Vasco, Victor, faltam nomes...)
(fotografias digitais)

quarta-feira, junho 28, 2006

vacasloucas_CowParadeLisboa_1/4












CalçadaPortuguesa_PaulaSantos&Equipa
(Ana(s), Bruno, Cláudia, Emília, Laca, Marco, Mestre António, Pedro, Ruben, Sofia, Vasco, Victor, faltam nomes...)
(fotografias digitais)

quarta-feira, junho 21, 2006

ver todas as vacas



Nome da Vaca: "Go Out Inside"

Nome do Artista: Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro
Equipa de reclusos que frequentam Atelier de Autoformação de Pintura e Cerâmica

Descrição da vaca: Esta proposta surge como manifestação da criatividade e produção artística de uma comunidade, a prisional, que, apesar de "dentro de muros", pretende manter os seus laços de contacto com o exterior.

Nome do Patrocinador: CowParade Lisboa 2006

terça-feira, junho 20, 2006

«Go out inside»

Estabelecimento Prisional de Aveiro na Cowparade de Lisboa: Reclusos enviam mensagem numa vaca

2006-04-07
Fonte: Diário de Aveiro

Uma das vacas que participará na exposição de arte pública Cowparade Lisboa 2006, de 15 de Maio até finais de Agosto, encontra-se em criação no Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro e transporta uma mensagem dos reclusos que o público conseguirá interpretar facilmente – o bovino, pintado com farda tradicional de prisioneiro tem a cabeça de fora de uma gaiola em que o animal se encontra porque é a «única coisa que não podem prender».
«Go out inside» é o nome artístico da vaca, revelando alguma capacidade de ironizar a própria condição da vida de um recluso. Tem ainda uma bola amarrada a uma das patas e um telefone, o meio de comunicação principal com o exterior, para além das visitas. Ficará cerca de quatro meses em exposição na capital entre muitas outras que participam neste evento que já passou por mais de vinte cidades do mundo.
A tarefa dos reclusos consiste em preparar uma vaca, em fibra de vidro e tamanho real, que chegou branca, e introduziu uma grande dose de motivação no grupo de três artistas e um ambiente de grande intensidade na comunidade. Do atelier de cerâmica saíram António Peixinho (director técnico), Jorge de Deus (director artístico) e Nuno Marques (apoio técnico) e agora vivem dias únicos enquanto cumprem a pena ou, num caso, aguardam julgamento em prisão preventiva.
A primeira grande vitória foi quando receberam a notícia da selecção da candidatura de Aveiro ao Cowparade Lisboa 2006. «Lançámo-nos neste projecto sem ter ideia se iria ser aprovada ou não, e para nosso espanto, uma das propostas foi seleccionada e é o único estabelecimento prisional do mundo a participar no Cowparade», diz António Peixinho.
Jorge de Deus, que não imaginava «nunca na vida» que fosse seleccionada, diz que é possível «levar o nome do EPR até lá cima e dá-nos liberdade de exprimir o que nos vai cá dentro». Com Nuno Marques fazem o trio numa sala que é um mundo novo. Para lá dos muros tiveram uma profissão, sendo dois delegados comerciais e um pintor de móveis.

Reclusos fogem à rotina

Depois de tudo terminado, será a despedida da vaca que a receberam branca e onde «escreveram» a mensagem. Jorge de Deus confessa que vai ter «saudades dela». Mas fica a satisfação de que será vista «numa das ruas ou avenidas e outros locais de Lisboa», numa organização que pretende dar «relevo à importância de proporcionar o direito de acesso à arte a todas as pessoas, gratuitamente».
Para os reclusos do EPR, tudo isto é muito representativo. Tem uma mensagem de ausência de aprisionamento do pensamento, mas também de uma «fuga à rotina», «aspiração de liberdade», diz ainda António Peixinho.
A exposição desperta para vários sentidos. Sentem o protagonismo de uma «participação única no mundo», esperam que sirva de «exemplo» e confirmam que a envolvência num projecto depende, na base, da iniciativa pessoal. Um fala por todos e diz: «Estamos a fazer o nosso melhor».
Na sala, se não fossem as grades de ferro e a porta com uma janela minúscula, dizia-se que se estava num atelier do mundo exterior. Os materiais, equipamentos, um quadro com a planificação, fotografias de vários momentos da peça afixadas na parede e música ambiente provocam um desafogo da real privação de liberdade. A vaca tem os adereços todos menos alguns pormenores que ainda estão por acertar, como escolher os padrinhos e um nome «carinhoso».
Ontem, a direcção do EPR e o trio de artistas desvendaram ao Diário de Aveiro o trabalho já realizado, mas ainda não terminado, e será mais interessante ver quando a vaca estiver pronta, envernizada e a brilhar. Segundo o regulamento, os trabalhos devem estar concluídos até 30 de Abril, mas o plano de trabalho traçado permitirá terminar a vaca de Aveiro já na próxima semana.
Quando a direcção tomou conhecimento do evento, os Serviços de Educação e Ensino (SEE) confrontaram os reclusos do atelier de cerâmica para apresentação de uma candidatura «como artista colectivo participante e a adesão foi imediata».
A decisão de participar foi traçada segundo os objectivos do «significado da manifestação pública da criatividade e capacidade de produção artísticas de uma população muito específica; da exteriorização de vivências, no presente caso, de privação de liberdade, em obra colectiva a expor em meio livre; do estímulo ao espírito de equipa em trabalho com objectivos de solidariedade e a uma actividade auto-formativa, o atelier de cerâmica, fornecendo uma proposta de trabalho com dimensão nacional». O director do EPR, Orlando Carvalho, disse ao Diário de Aveiro que «é gratificante para os reclusos verem o trabalho deles reconhecido num projecto desta dimensão» e, para a responsável pelos SEE, esta participação «mostra lá fora que a população de reclusos tem criatividade, que não é uma vida fechada e não está desligada do mundo exterior».
Dada a especificidade da candidatura, a organização da exposição, a Mecenato Net é «patrocinador directo» da vaca pintada em Aveiro. O transporte fica a cargo da Mecenato Net, assim como o seguro da deslocação. A organização representa «o primeiro e único portal de Mecenato on-line facilitador de benefícios fiscais, que visa acelerar o processo de atribuição de donativos de pessoas ou empresas a entidades Beneficiárias certificadas pelo Estado ao abrigo do Estatuto do Mecenato».

Toda a liberdade

A Cow Parade abre um campo grande para a imaginação na criação da imagem de uma vaca. Os candidatos podem ir «buscar influências à cultura, folclores ou costumes ou às próprias interpretações do artista dentro de um tema livre». O evento tem ganho uma dimensão relevante ao longo dos anos e integra um programa de visitas e ateliers para as escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico e, além do concurso nacional sob temas livres também se realiza o concurso com vacas temáticas regionais.
O evento já passou por «mais de 25 cidades», produziu «mais de 4 mil vacas» e atingiu «mais de 11 milhões de euros angariados em leilão para projectos de responsabilidade social». Na edição portuguesa os beneficiários são a ACAPO, AMI, APAV, Chapitô, Cruz Vermelha Portuguesa, Espaço T, Liga dos Bombeiros Portugueses e Escoteiros de Portugal.
As vacas são cada vez mais famosas e a organização já juntou 1500 patrocinadores e refere que são «as miniaturas mais coleccionadas por adultos nos EUA». São apresentadas como «obras de arte de grande valor», que serão leiloadas no final do evento, «revertendo os valores para a construção dos projectos MecenatoNet e SIC Esperança».

O evento de «arte pública do mundo tem actualização no site www.cowparadelisboa.sapo.pt

João Peixinho

AS VACAS TRESMALHADAS_ porquê?

As vacas tresmalhadas pelo asfalto
da cidade, fazem fugir quem passa.
Amarelo... Vermelho! Uma atravessa.
É apanhada, seco, dá um salto,

desentranha um mugido e, abatida,
põe nos olhos mansíssimos a vida.
Que pascigo escolheste, amável bicho?
Se não fora o olhar, já eras lixo.

Vaca malhada tresmalhada, vaca
de leite em sangue, atormentado nó
pulsando no asfalto, agora saca
dos misérrimos bofes o seu muuuu

derradeiro. Já sem dor ou protesto,
é da cidade a vaca mais um resto.


ALEXANDRE O' NEILL [1924-1986]
Poesias Completas


Assim, nasce "AS VACAS TRESMALHADAS" nome que adoptei das Poesias Completas de ALEXANDRE O' NEILL [1924-1986], um grande escritor.

A minha adoração por VACAS, começou ao longo do tempo. Até ao momento, não existia razão para eu esboçar um blog sobre tais animais. Agora, chegou esse momento, por vários motivos. Mas, o primeiro motivo que me estimulou os sentidos para tal “DEUSA” foi a minha colaboração na “CowParade de Lisboa”. A artista plástica PAULA SANTOS, fez-me um convite irrecusável, fui logo a correr para conhecer tal VACA que tem por nome “Calçada Portuguesa”. Por fim, conheci muitas outras VACAS.

E, "AS VACAS TRESMALHADAS" fazem parte das minhas vivências…e, vamos ver o que isto vai dar. Talvez, mais VACAS.